TUNAS ACADÉMICAS ATUAM,PRONUNCIANDO-SE CONTRA A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA, TRÁFICO DE SERES HUMANOS E EM FAVOR DA IGUALDADE DE GÉNERO. EM APOIO AO PROJETO SOCIAL CONVERGÊNCIAS A COMUNIDADE BRACARENSE PODERÁ ASSISTIR ÀS ATUAÇÕES NOS DIAS 25 DE NOVEMBRO, DIA 10 E 15 DE DEZEMBRO, NA ARCADA DE BRAGA, PELAS 19H00.
Executive Creative Director: Regina Sequeira Copywriter: Regina Sequeira |
A Tuna Feminina da Universidade Católica Portuguesa de Braga, “As Líricas”, apoia o projeto convergências na sensibilização da comunidade para os fenómenos sociais que atentam contra a dignidade humana, nomeadamente, o tráfico de seres humanos, violência doméstica e de género. As atuações realizar-se-ão pelas 19h00, na Arcada de Braga, ex-líbris da cidade. No dia 25 de novembro assinalarão o Dia Internacional para a eliminação da Violência contra as Mulheres e dia 10 de dezembro a ação estende-se a toda a humanidade, enaltecendo o dia internacional dos Direitos Humanos. Esta atuação terá também a participação especial da tuna masculina “Estudantina de Braga”.
A última atuação das “Líricas”,15 de dezembro, será especialmente dedicada e de reconhecimento a todos aqueles, cidadãos, ativistas, profissionais, empresas e organizações, que todos os dias se dedicam no combate destes fenómenos sociais. O objetivo destas atuações é levar a comunidade à reflexão e mudança de perceção relativamente a estes fenómenos, consolidando a ideia de que a luta pela dignidade humana em todos os aspetos que a atentam é uma luta de todos os cidadãos na medida em afeta algo que construímos juntos, a nossa sociedade.
Pela união e voz dos jovens universitários e ex-universitários destas tunas poderemos assistir a um espetáculo de sensibilização e de manifestação de responsabilidade social face aos fenómenos que atentam contra a dignidade humana.
A tuna “As Líricas” – Tuna Feminina a da Universidade Católica Portuguesa de Braga - teve o seu princípio em 2003 com o grande objetivo de garantir que o espírito académico não se esvazia do seu carácter cultural e lúdico. Quanto ao reportório tentam integrar diversas músicas especialmente portuguesas, desde canções populares portuguesas, música ligeira e grandes êxitos, algumas com pequenas adequações de forma a espelharem a vivência académica, representarem a instituição e a cidade.
A “Estudantina de Braga” teve a sua génese em Setembro de 2007 e é constituída por tunos que não perderam a ligação com as suas tunas, mas que abraçaram este propósito na esperança de manter viva a tradição, as serenatas, a boémia e o tão falado espírito tunante.
Será na rua que as tunas se apresentarão, mostrando a sua união no que respeita a causas socias, manifestando assim o sentido de responsabilidade enquanto estudantes e ex-estudantes, artistas e principalmente como cidadãos ativos na mudança de comportamentos e perceções relativamente a problemáticas que afetam toda a sociedade.
O Projeto Convergências ministrado pela Associação Famílias que, apoiado pela Comissão e Igualdade de Género (CIG), Programa Operacional de Potencial Humano (POPH) e Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), tem como objetivo dar visibilidade aos fundamentos que o orientam, promover a igualdade e os direitos humanos, através de três pilares de ação: a igualdade de género, a luta contra a violência doméstica e luta contra o tráfico de Seres Humanos.
O PROJETO CONVERGÊNCIAS ASSINALA NO DIA 18 DE OUTUBRO, O DIA INTERNACIONAL CONTRA O TRÁFICO DE SERES HUMANOS, COM MAIS UMA APRESENTAÇÃO DA EXPOSIÇÃO DE FOTOGRAFIA “PELOS NOSSOS OLHOS”, QUE TERÁ LUGAR EM BRAGA, NA FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS (FACIS) E ESTARÁ PATENTE ATÉ DIA 21 DE OUTUBRO.
O Projeto Convergências, para assinalar O DIA INTERNACIONAL CONTRA O TRÁFICO DE SERES HUMANOS, faz uma nova apresentação da exposição “Pelos Nossos Olhos”. A exposição além de retratar o tráfico de seres humanos versa outros fenómenos socias, nomeadamente, igualdade de género e violência doméstica.
Esta exposição fotográfica, “Pelos Nossos Olhos”, foi promovida pela Associação Famílias e teve origem num concurso promovido por um outro projeto social, projeto sinergias, que contou com a participação das escolas do 3º ciclo do ensino básico e de formandos de cursos de Educação e Formação para Adultos, de Braga.
A Comissão para a Cidadania e a Igualdade de género (CIG) assume a coordenação do II Plano Nacional Contra o Tráfico de Seres Humanos 2011-2013 (II PNCTSH), enquanto entidade com atribuições na área da cidadania e da promoção e defesa da igualdade de género. Este plano tem quatro áreas estratégicas de intervenção: Conhecer, Sensibilizar e Prevenir; Educar e Formar; Proteger e Assistir; e Investigar Criminalmente e Cooperar. A estas quatro áreas estão associadas 45 medidas que, implementadas, permitirão reforçar o conhecimento do fenómeno, privilegiar a ação pedagógica junto dos diversos atores ligados ao mesmo, possibilitando ações concretas e concertadas que visem a proteção, a assistência das vítimas e o sancionamento dos agentes.
Segundo a CIG, o Tráfico de Seres Humanos tem assumido proporções preocupantes à escala mundial. Constitui uma grave violação dos direitos humanos, privando as pessoas dos seus direitos de cidadania mais elementares, com um impacto dramático nas suas dimensões física, psicológica e emocional, configurando mesmo uma forma moderna de escravatura.
O II Plano Nacional Contra o Tráfico de Seres Humanos, pretende consolidar as politicas públicas de combate a este fenómeno, nomeadamente através de novas medidas operacionais que permitam conhecer, sensibilizar e prevenir; educar e formar; proteger e assistir; investigar criminalmente e cooperar. Neste domínio pretende-se consolidar o combate aos estereótipos de género no âmbito da defesa dos Direitos Humanos e aprofundar o conhecimento sobre as diferentes realidades que caracterizam o tráfico de seres humanos. Este Plano concede particular atenção ao tráfico para fins de exploração sexual e laboral, na perspetiva de país de destino, de trânsito e de origem.
O II PNCTSH é um instrumento fundamental na afirmação dos direitos humanos e liberdades fundamentais. Tem como principal objetivo contribuir para a erradicação do tráfico de seres humanos em Portugal, através do estabelecimento de um quadro integrado e multidisciplinar de políticas.
O projeto Convergências pretende dar visibilidade aos fundamentos do II PNCTSH através de ações de sensibilização, informativas e lúdico-pedagógicas evidenciando um outro fundamento, da “igualdade de direito, e a desigualdade de facto” que assistimos ainda em pleno século XXI.
TRÁFICO DE SERES HUMANOS
PREVENÇÃO E SENSIBILIZAÇÃO | COMBATE | PAPEL DOS MEDIA
PROGRAMA
TRÁFICO DE SERES HUMANOS
LOCAL: ESTALEIRO CULTURAL VELHA-A- BRANCA - Braga
DATA: 28 DE NOVEMBRO
HORA: 21H00
21h00
SESSÃO DE ABERTURA: Apresentação dos convidados| Apresentação dos objetivos do seminário/workshop - debate (5 min.)
Dr. Carlos Aguiar - Presidente da Associação Famílias -Braga
21h05
CONTEXTUALIZAÇÃO DA TEMÁTICA | A IMPORTÂNCIA DOS PROJETOS SOCIAS - CASO DO PROJETO CONVERGÊNCIAS (10 min.)
Dr.ª Benedita Aguiar - Coordenadora do Projeto Convergências
21h15
O combate ao tráfico: medidas nacionais e cooperação internacional de prevenção e repressão (30 min.)
Inspetor chefe Henrique Passos – representante da Polícia Judiciária de Braga
Pausa para café (10 min)
21h55
O papel da comunicação social na disseminação da informação (30 min.)
Dr. Francisco Assis - Jornalista
22h25
Debate e conclusões (30 min,)
Convidados e plateia
Mediador – Dr. Carlos Aguiar
EXPOSIÇÃO DE ARTE “UM LUGAR ONDE AMANHEÇA” INAUGURA NO MUSEU D. DIOGO DE SOUSA, NO DIA 1 DE OUTUBRO PELAS 18H30 E PODERÁ SER VISITADA, COM ENTRADA LIVRE, ATÉ AO DIA 30 DE OUTUBRO.
vídeo amador da inauguração da exposição "Um Lugar Onde Amanheça"
A Associação Famílias no âmbito do Projeto Convergências e em parceria com o projeto Clarabóia [agenda cultural da Casa do Professor] realizará a exposição de arte “Um Lugar Onde Amanheça”, que contemplará pintura, escultura, literatura, joalharia, artes plásticas, fotografia e design, sendo o tema restrito aos fenómenos sociais que o projeto se empenha em defender e divulgar, cidadania e igualdade de género, violência doméstica e tráfico de seres humanos.
Esta é uma ação que pretende principalmente dar visibilidade e sensibilizar para as temáticas que orientam o Projeto Convergências, como também expor os trabalhos criativos realizados pelos artistas, para que estes possam, através da sua expressão artística, manifestar as suas preocupações sociais e responsabilidade civil, e assim serem efetivamente interventivos no alerta social e na mudança de conceções e/ou comportamentos.
O desafio da exposição “Um Lugar onde Amanheça” define-se, também, pela vontade de divulgar o trabalho de artistas comprometidos/as com as questões da igualdade e dos Direitos Humanos, que através das suas competências artísticas e intelectuais, críticas e criativas, lançam um grito de alerta à comunidade, sobre aquelas temáticas.
Vários artistas se aliaram a esta causa, criando as suas obras com a perspectiva de contribuírem para a visibilidade das temáticas cidadania e igualdade de género, violência doméstica e tráfico de seres humanos. Os visitantes desta exposição poderão ver trabalhos de vários artistas portugueses, nomeadamente, ANA CALDAS | ANA PASCOAL | BÁRBARA FONTE+ANTÓNIO MACHADO | BEATRIZ ALBUQUERQUE | BENTO DUARTE | BERNARDINO SILVA | DOMINGOS LOUREIRO | FILIPE MOREIRA |FRANKLIN PEREIRA| GUILHERME BRAGA DA CRUZ | HELENA SANTOS | HERNÂNI FERNANDES | HUGO DELGADO | JOANA DE DEUS | JOÃO CATALÃO | JOÃO CONCHA | JOÃO NOUTEL | JORGE VILELA | JOSÉ SOARES | LUÍSA SILVEIRA | MANUELA SÃO SIMÃO | MÁRIO SEQUEIRA | PEDRO MARCOLINO | PEDRO SOARES | SARA MOTA VIANA | SÍLVIA ALVES | SOFIA DE CARVALHO | TEIXEIRA BARBOSA | TERESA GIL | UNA - CÁTIA CARDOSO+CATARINA SOUSA+VERA NARCISO | VÂNIA KOSTA.
Esta exposição conta com o apoio da Arte Total que realizará uma performance de dança, sendo as protagonistas, as bailarinas Gabriela Barros e Lara Franco dirigidas por Cristina Mendanha, diretora artística.
Esta exposição de arte pretende assim reclamar à direito não-violência, ao respeito pelo ser humano.
Pílar del Río escreveu para esta exposição uma reflexão, estruturante e desafiadora sobre os fenómenos sociais retratados pelos artistas, servindo de introdução da própria exposição, intitulada como “A claridade que chega”
“Santa Teresa escreveu sobre a noite escura da alma, um tempo negro em que não se entendia Deus, quer dizer, o mundo. Creio que a noite escura nos habita, às mulheres, e somos por ela habitada há milénios, desde que o primeiro homem saiu da caverna, se pôs de pé e se sentiu capaz de dominar alguém da sua espécie que era menor em estatura. Desde então todos os códigos se escreveram para satisfazer o instinto primário da dominação, e, as mulheres, habitadas pela noite escura, acreditaram que era mandamento divino estarem submetidas ao varão e reproduziram literalmente o estigma da inferioridade.
Agora sabemos que não, que nós, mulheres, temos direito a contar-nos a nós mesmas, a dizer eu, a travar quem venha com histórias para que sigamos a ordem que outros estabeleceram. Não há amos, nem reis nem bandeiras que possam proteger o crime da desigualdade. Somos, as mulheres, hegemónicas entre hegemónicos, co-responsáveis pelo governo da casa e do mundo, redatoras de leis e impulsionadoras de tendências. Nenhuma mão pode levantar-se sobre uma mulher, nenhuma condenação é admissível por ela exigir a liberdade que sempre deveria ter sido o nosso património. A noite escura de Santa Teresa pode hoje iluminar-se com a vontade decidida de mulheres dispostas a parir usos e normas, outro mundo que renegue o que fez escravos e mantém escravas.
Podemos iluminar, sim, mas sobretudo podemos abandonar os medos seculares que nos habitam e que nos fazem depender dos costumes. A liberdade custa mas nós, mulheres, temos vindo a subir todas as encostas carregando os filhos e todos os preconceitos. Agora já não temos medo. O pano desceu, estamos no palco, é a nossa hora e temos a palavra. Que se ouça, é de justiça. (Pilar del Río, 2011 para exposição de arte “ Um Lugar Onde Amanheça”)
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